Portal de Eventos Científicos em Música, 6º Congresso Brasileiro de Iconografia Musical

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A linguagem técnica como iconografia da engenharia de áudio: uma abordagem sobre o valor estético sonoro agregado no "input list", mapa de palco e "rider" técnico
Ralmon Sousa Pereira

Última alteração: 2021-07-12

Resumo


As informações contidas no input list, mapa de palco e rider técnico são de fundamental importância para auxiliar nas tomadas de decisões do engenheiro de áudio, de modo que,  à instrumentação e os equipamentos, à dimensão espacial dos performers no palco, apresentados como linguagem técnica, traz consigo elementos importantes e que configuram-se nas características performáticas do grupo, como também apresentam indícios de como é/ou pode ser trabalhado a sonoridade do mesmo, portanto, estas informações técnicas podem trazer subsídios necessários para a utilização de ferramentas e suas aplicações de forma assertiva. Nessa perspectiva, podemos conjecturar que o input list, mapa de palco e rider técnico representam recursos visuais e descritivos passíveis de interpretação imagética do som contribuído para o processo de captação e mixagem? Este trabalho apresenta uma discussão sobre uma perspectiva inovadora do ponto de vista conceitual que reverbera a partir das informações técnicas, utilizando-as como subsídios que traduzem as características performáticas de um grupo musical, que ao apropriar-se desse manual visual-descritivo, o engenheiro de áudio passa a ter uma visão geral de como é a sonoridade da performance do grupo e, a partir dessas informações descritas, ele compreende a proposta sonora, auxiliando nos processos e aplicações que devem ser utilizados para amplificar esse modelo descritivo que caracteriza uma estética sonora que será executada no show ao vivo - front of house - FOH. Para tanto, o objeto de estudo laboratorial foi o grupo Flauta de blocos da Universidade Federal do Pernambuco - UFPE, que realizou uma performance musical no Festival Internacional de Música de Campina Grande/Paraíba/Brasil, resultando em processo sonoro conceitual a partir das diretrizes apresentadas no input list, mapa de palco e rider técnico. Portanto, conclui-se que tais informações técnicas trazem consigo características intrínsecas de como o grupo se comporta no momento da performance no palco, principalmente, no tocante a sua estética sonora impressa como linguagem técnica que pode ser decodificada por meio das descrições formuladas a partir das imagens e textos descritivos.

 

Palavras-chave: iconografia de áudio, engenharia de áudio e mixing front of house - FOH.



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