Portal de Eventos Científicos em Música, 6º Congresso Brasileiro de Iconografia Musical

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Análise sobre a iconografia presente na Tese de Doutoramento intitulada Musicotherapia de Valdemar de Oliveira da Faculdade de Medicina da Bahia em 1924
Sérgio Deslandes, Ítalo Fernandes da Silva

Última alteração: 2022-02-24

Resumo


A presente pesquisa busca descrever a relação entre as imagens e o conteúdo presentes na tese de doutoramento de Valdemar de Oliveira em 1924, na Faculdade de Medicina da Bahia, na cidade de Salvador.

Valdemar de Oliveira nasceu na cidade do Recife, e seus primeiros estudos musicais aos seis anos de idade foram feitos com a professora Olímpia Braga, posteriormente com o maestro Euclides Fonseca, e por fim, como professora, Angéline Ladévèse, que em 1911 chegou ao Recife, vinda de Paris, contratada pelo Colégio Pritaneu para lecionar francês e música.

Desde 1918, ao transferir-se para a Bahia (onde viria a privar da amizade de Silvio Deolindo Fróes), começou a exercer a crítica musical do Diário da Bahia, à convite do jornalista Henrique Câncio. Colaborou depois em vários jornais e revistas, não só de Salvador - Artes e Artistas e Diário de Notícias -  como do Recife, A Pilhéria e A Notícia. Veio a firmar-se, porém, como cronista de arte no Jornal do Commércio, da capital pernambucana, a partir de 1924. Pianista dedicado, realizou entre 1918 e 1924, diversas apresentações em Salvador tornando-se, por esta época, um acompanhador frequente de todos os grandes artistas que visitavam a capital. Em 5 de agosto de 1966, recebeu o título de Cidadão Honorário da cidade de Salvador

A obra se divide em oito capítulos. O primeiro (que contém a maioria das imagens da obra) discorre sobre a origem da música, voltando-se sobre a mitologia grega e oriental, seus deuses e criaturas além alguns contos bíblicos, permeando a relação entre a música e o ser humano. As figuras tornam a aparecer nos capítulos quarto, sexto, sétimo e oitavo onde falam, respectivamente, sobre A música no movimento, Efeitos da música sobre o organismo humano, Nas secreções e nas funções sexuais, Sobre os animais e nas suas Conclusões finais.

Tais figuras fundamentam-se em importantes personagens da mitologia grega, das religiões orientais e da bíblia cristã e representações acerca da relação entre música, ciência e corpo humano, e ilustram e aprofundam de uma maneira gestáltica o que o autor nos quer falar.

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